segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Sociedade da Aprendizagem e o desafio de converter informações em conhecimentos.

Temos um embate bastante interessante sob a perspectiva de Pozo, que trata do paradoxo da sociedade da aprendizagem, em que cada vez se aprende mais e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender. Aprende mais, pelo fato da aprendizagem ter ganhado nos últimos anos uma forma mais acessíveis a todos, assim qualquer pessoa que tenha acesso a informação terá hoje processado mais informação que os seus bisavós durante a vida inteira.
A escola deixou de ser a primeira fonte de conhecimentos, ou pelo menos a única, é justamente na facilidade do acesso a informação, que mora o grande perigo. A maioria das informações que estão disponíveis não é de “qualidade”.
Concordo com Pozo na necessidade de formar os alunos para uma assimilação crítica da informação, ensinando competências para a gestão do conhecimento. Realmente, “conhecer” e “pensar”, não significa chegar à verdade absoluta, até porque não são as certezas que transformaram as sociedades, mas as dúvidas.                                                                            
É necessário mudar a forma de aprender dos alunos, mas também a forma de ensinar dos professores, o que pressupõe uma mudança de mentalidade que talvez seja uns dos maiores entraves, pois requer mudanças profundas e habituais.                                                   
Embora, se diga que a nossa sociedade é a detentora do conhecimento, os desafios são os mesmos, problemas básicos da educação ainda seja a demanda muito grande na alfabetização que segundo Pozo, “quem não pode ter acesso ás múltiplas formas culturais de representação simbólica socialmente construídas (...) está socialmente, economicamente e culturalmente empobrecido” .   
É interessante a conclusão de Pozo, segundo ele converter sistemas culturais de representação em instrumentos de conhecimentos requer apropriar-se de novas formas de aprender e de relacionar com conhecimentos, acredito que necessitamos nos reeducar para não transformar as tecnologias da informação em uma prática rotineira na sala de aula.                                                                                                         

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